Banalizado quanto
gênero, os filmes de terror, principalmente americanos, se tornaram uma espécie
de nicho que se utiliza de uma mesma fórmula e elementos clássicos – casas mal
assombradas, possessões demoníacas, fantasmas em fotos e espelhos – para
arrancar sustos fáceis da audiência e, obviamente, gerar bilheterias
monstruosas de baixos orçamentos. James Wan, que assume o suprassumo do
momento, “Invocação do Mal”, é mestre quando o assunto é tornar baixos
orçamentos em montes de dinheiro. Mas, mais do que isso, o diretor tem, também,
redirecionado o gênero pra uma forma íntima e que faz jus aos grandes filmes - propriamente
– de terror.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
[Crítica] O Ataque
por
Unknown
Magic Mike na Casa Branca
É no mínimo curioso você dar de cara com um filme como “O Ataque”, dirigido pelo especialista em desastres, Roland Emmerich, afinal, o diretor não quer mais destruir o mundo por diversão, tampouco levantar bandeiras políticas, mas sim trazer o melhor que o entretenimento clichê canastrão hollywoodiano possa oferecer com esperteza e uma boa dose de pensamento crítico patriótico.
“Começa como um dia qualquer”, diz a frase de efeito estampada em todos os cartazes do filme. Simples afiguração metafórica, base na qual o longa de Emmerich se transforma, lentamente, num espetáculo de ação, através da trama de um agente, John Cale (interpretado por um estupendo Channing Tatum), cuja figura paterna encontra sua analogia junto à imagem de um presidente pacífico impotente, James Sawyer (o sempre ótimo Jamie Foxx), de boas intenções, que se vêem diante de uma relação dicotômica do homem e o extraordinário, numa esperta análise de Emmerich para as motivações que levam seu filme a se tornar aquele parente próximo de “Duro de Matar”. E não bastasse a leveza subvertida com a qual o drama mescla a ação do filme, “O Ataque” encontra tempo pra se auto homenagear, colocando o símbolo máximo de poder dos Estados Unidos, a Casa Branca, que já fora explorada num outro longa do diretor, à deriva de um ataque terrorista planejado por indivíduos do próprio sistema, deixando claro que não se trata mais de capital, controvertendo o sentido anti iluminista, e transformando o significado do próprio blockbuster, que por sua vez, se torna um argumento á mercê de uma análise mais profunda e pessoal do diretor.
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