França, 108 min, 2014
Direção: Alain Resnais
Este foi o último filme realizado por Alain Resnais antes da sua morte no início do ano. Amar, Beber e Cantar, que aqui no Brasil já é sucesso garantido entre senhoras que frequentam os cineplexes, mostra a vitalidade e comicidade do diretor que, mesmo com mais de 90 anos, possuíra brutal sensibilidade ao usar a velha forma de fazer comédia francesa para encontrar na dinâmica do surrealismo o porquê de sua eterna apreciação pela vida -e o Cinema.
França, 89 min,
2014
Direção : Luc Besson
Diretor tão megalomaníaco quanto
interessante, Luc Besson sempre foi um entusiasta do cinema hollywoodiano, não
sendo a toa que boa parte da sua obra é um resquício de algum blockbuster ou
clássico americano. Quase um pastiche de si mesmo, em Lucy, o diretor assume sua
forma mais vital e promíscua de cultor do frenesi da imagem. Com dosagens milimétricas de muito bom gosto, o sci fi bad ass action figure -estrelado justamente
por Scarlett Johansson- coloca em evidência a maturidade do diretor que, para
além de um eterno cinéfilo estasiado, se tornou um visionário nato da
parafernália que (des)constrói essa coisa insana que chamamos de imagem
cinematográfica.
Estados Unidos, 89 min, 2014
Direção: Steven Quale
Eu confesso que estava bem
curioso pra ver o resultado disso aqui. Primeiro porque eu sempre gostei de
filmes catástrofes, e segundo que Quale foi apadrinhado por James Cameron, que
querendo ou não, é ainda um dos maiores diretores de ação de Hollywood. No
entanto, a experiência de experimentar um filme como No Olho do Tornado é
completamente indiferente, já que Quale está mais preocupado em dramatizar a
vida pouco interessante de um núcleo tipicamente americano, nos mais grotescos diálogos
e momentos, sem qualquer controle sobre o entretenimento. Filme que mais soa
como uma propaganda republicana, onde o núcleo familiar americano sempre
prosperará, No Olho do Tornado é também um dos piores exemplos do velho ditado
que diz “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.